Funções sintáticas dos pronomes relativos
Os pronomes relativos desempenham funções sintáticas distintas, além de servir como
conectivo entre as orações, os pronomes relativos exercem também função sintática, tais como de: sujeito; objeto direto, objeto indireto, ajunto
adverbial e adjunto adnominal.
Para que possamos compreender de forma concreta como
isso ocorre, vamos estudá-los:, utilizando para esse fim duas orações, que serão
analisadas abaixo:
O pedreiro é
meu vizinho.
O pedreiro se
parece muito com o meu primo
Acima vemos duas orações onde a palavra pedreiro desempenha a função sintática de
sujeito.
Depois de identificado o sujeito, que é um dos elementos da oração, vamos fazer a união destas,
transformando-as num período composto. Assim:
O pedreiro que se parece muito com o meu primo, é meu
vizinho.
Temos agora um período composto, uma vez que constatamos
a presença de mais de um verbo (parece(r)/é – verbo ser). Notamos também que no
lugar do sujeito da segunda oração
foi colocada a palavra, que,
cuja função é substituir o sujeito, de modo a evitar possíveis repetições. Essa
palavra é um pronome
relativo como vimos no
quadro do início do tema, que em decorrência de tal substituição, ocupa
a função sintática de sujeito.
Acabamos de ver uma das funções sintáticas dos pronomes
relativos – a de sujeito. No entanto, precisamo-nos conscientizar de
que existem várias outras funções, que iremos revê-las, através de alguns
exemplos:
Outras funções do pronome
relativo:
a) objeto
direto:
O lugar
era paradisíaco.
Não
conhecíamos este lugar.
O lugar, que não
conhecíamos, era paradisíaco.
Fazendo a pergunta ao verbo na oração subordinada,
temos: O que não conhecíamos? O lugar.
Dessa forma, a função sintática
do pronome relativo, na
segunda oração, ou oração intercalada, é
a de objeto
direto.
b) objeto indireto
1º caso:
O filme foi
inesquecível.
Assistimos
ao filme.
Unindo-as,
temos:
O filme a que assistimos
foi inesquecível.
Perceba que o verbo assistir classifica-se como transitivo indireto, posto que é regido pela
preposição a. Portanto, a
função que podemos atribuir ao pronome relativo
é a de objeto indireto, pois a pergunta que faremos ao verbo será – a
que assistíamos?.
2º caso:
Conversamos com aquela
professora.
Aquela professora de javanês passaria a ser nossa melhor professora.
Junção das orações, resultado:
Aquela professora com quem aprendemos javanês passaria a ser
a nossa melhor professora.
Analisando os elementos da oração, temos que ao aprendermos,
sempre o fazemos com alguém, nunca sozinhos. Dessa forma, como se trata
de um complemento acompanhado de uma preposição(com), temos que a função sintática que se atribui ao pronome relativo quem
é a de objeto
indireto, como ocorreu no caso
1.
c) adjunto
adverbial
Goiânia é uma cidade.
O clima é muito quente nessa cidade.
Mais uma
vez vamos transformar duas orações numa só:
Goiânia é
uma cidade onde o clima é
muito quente.
Acerca dessa constatação, temos que a função sintática que pode ser atribuída ao pronome relativo onde é a de adjunto
adverbial de lugar.
d) adjunto
adnominal:
O enredo do livro é emocionante.
Nós lemos o livro.
Usemos o
mesmo processo de união das orações:
Nós lemos o
livro cujo enredo é
emocionante.
Observe que o pronome relativo cujo dá noção de
posse, ou seja, o enredo pertence ao livro. A partir dessa compreensão percebemos
que mais uma vez nos deparamos com
o pronome relativo
numa função sintática, agora de adjunto adnominal.