sexta-feira, 13 de novembro de 2015

PRONOMES RELATIVOS E SUA FUNÇÃO CONECTIVA E SINTÁTICA




PRONOMES RELATIVOS







Funções sintáticas dos pronomes relativos


Os pronomes relativos desempenham funções sintáticas distintas, além de servir como conectivo entre as orações, os pronomes relativos exercem também função sintática, tais como de: sujeito; objeto direto, objeto indireto, ajunto adverbial e adjunto adnominal.

Para que possamos compreender de forma concreta como isso ocorre, vamos estudá-los:, utilizando para esse fim duas orações, que serão analisadas abaixo:

O pedreiro é meu vizinho.
O pedreiro se parece muito com o meu primo

Acima vemos duas orações onde a palavra pedreiro desempenha a função sintática de sujeito.
Depois de identificado o sujeito, que é um dos elementos da oração, vamos fazer a união destas, transformando-as num período composto. Assim:

O pedreiro que se parece muito com o meu primo, é meu vizinho.

Temos agora um período composto, uma vez que constatamos a presença de mais de um verbo (parece(r)/é – verbo ser). Notamos também que no lugar do sujeito da segunda oração foi colocada a palavra, que, cuja função é substituir o sujeito, de modo a evitar possíveis repetições. Essa palavra é um pronome relativo como vimos no quadro do início do tema, que em decorrência de tal substituição, ocupa a função sintática de sujeito.
Acabamos de ver uma das funções sintáticas dos pronomes relativos a de sujeito. No entanto, precisamo-nos conscientizar de que existem várias outras funções, que iremos revê-las, através de alguns exemplos:

Outras funções do pronome relativo:
a) objeto direto:

O lugar era paradisíaco.
Não conhecíamos este lugar.

O lugar, que não conhecíamos, era paradisíaco.

Fazendo a pergunta ao verbo na oração subordinada, temos: O que não conhecíamos? O lugar.
Dessa forma, a função sintática do pronome relativo, na segunda oração, ou oração intercalada, é a de objeto direto.

b) objeto indireto

1º caso:
O filme foi inesquecível.
Assistimos ao filme.

Unindo-as, temos:
O filme a que assistimos foi inesquecível.

Perceba que o verbo assistir classifica-se como transitivo indireto, posto que é regido pela preposição a. Portanto, a função que podemos atribuir ao pronome relativo é a de objeto indireto, pois a pergunta que faremos ao verbo será – a que assistíamos?.

2º caso:
Conversamos com aquela professora.
Aquela professora de javanês passaria a ser nossa melhor professora.

Junção das orações, resultado:
Aquela professora com quem aprendemos javanês passaria a ser a nossa melhor professora.

Analisando os elementos da oração, temos que ao aprendermos, sempre o fazemos com alguém, nunca sozinhos. Dessa forma, como se trata de um complemento acompanhado de uma preposição(com), temos que a função sintática que se atribui ao pronome relativo quem é a de objeto indireto, como ocorreu no caso 1.

c) adjunto adverbial

Goiânia é uma cidade.
O clima é muito quente nessa cidade.

Mais uma vez vamos transformar duas orações numa só:

Goiânia é uma cidade onde o clima é muito quente.

Acerca dessa constatação, temos que a função sintática que pode ser atribuída ao pronome relativo onde é a de adjunto adverbial de lugar.

d) adjunto adnominal:
O enredo do livro é emocionante.
Nós lemos o livro.

Usemos o mesmo processo de união das orações:

Nós lemos o livro cujo enredo é emocionante.


Observe que o pronome relativo cujo dá noção de posse, ou seja, o enredo pertence ao livro. A partir dessa compreensão percebemos que mais uma vez nos deparamos com o pronome relativo numa função sintática, agora de adjunto adnominal

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